Dragão
Como se pode percecionar analisando o logo da Companhia, do lado esquerdo e a ladear as armas régias encontra-se a figura de um dragão. Este ser mitológico ostenta um grande valor simbólico, o qual será analisado de seguida. Caso se interesse pela temática convidamo-lo a explorar outros elementos que se encontram no emblema da Real Companhia Velha, como é o caso das armas reais (clique aqui) e da figura da Santa Marta (clique aqui), ambas já abordadas anteriormente. Para consultar essa informação basta que utilize os links disponibilizados.
Neste contexto, a utilização do dragão presente no emblema da Companhia tem uma dupla explicação. Por um lado, este animal mitológico integrava as armas da Casa de Bragança, última dinastia reinante de Portugal, da qual fazia parte D. José I. Contudo, este símbolo surge também associado à figura de Santa Marta. De acordo com a lenda, Marta teria aportado em Tarascon, na Provença (Sul de França), importante região vinícola, onde um dragão, denominado Tarasca, aterrorizava a população, sobretudo mulheres e crianças. A Santa terá então ido ao encontro do dragão, conseguindo amansá-lo. A figura de Tarasca acabou assim associada a diversas regiões vinícolas, como é o caso do Alto Douro, o que também poderá justificar a sua escolha para proteger o escudo nacional que consta no emblema da Companhia, lado a lado com a representação de Santa Marta.
Continue a acompanhar-nos e desvende todo o simbolismo presente no logo corporativo desta empresa centenária. Muito em breve iremos abordar a inscrição “Providentia regitur”.
Representação gráfica da figura do dragão presente no sétimo núcleo do Museu da 1ª Demarcação.
